Mais uma sequência para tentar alcançar os dias de hoje.
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30 de abril de 2015
WhoWhatWhy: "Quando um Infiltrado do FBI se Torna um Criminoso?"
Nesta entrevista de 20 minutos, Russ Baker descreve brevemente como tem sido o julgamento de Dzhokhar Tsarnaev. Ele diz: "a defesa disse que ele cometeu o crime, o que deixou as pessoas um pouco confusas já que se esperava algum tipo de defesa... Mas de qualquer maneira...". Ele também se aprofunda um pouco sobre a questão do FBI. O FBI entrevistou Tamerlan, o irmão e "arquiteto" do ataque, antes de Tamerlan ir ao Dagestão e supostamente receber treinamento terrorista. Nessa entrevista, Tamerlan simplesmente disse que "não era um jihadi", e o FBI concluiu que não havia nada mais a fazer, o que Russ achou bastante estranho. Depois da viagem ao Dagestão, o serviço antiterrorista russo avisou o FBI, que novamente não agiu de maneira alguma.
Segundo Russ (a partir de 6:45), "para mim, o que eu percebi nesta história, consistentemente, é que o governo federal estava muito preocupado sobre alguma coisa que ele não estão revelando, e era muito, muito importante, mudar o 'tom' do julgamento. Eles estabeleceram uma pesada operação psicológica nesta história. Se você olhar outros julgamentos federais, nunca houve tantos vazamentos para a mídia e uma preocupação tão grande em criar uma narrativa, uma narrativa mística, sobre o evento. O que estou falando é que, e a mídia sequer está falando sobre isso, é que não é normal, por exemplo, um policial ser baleado e haver passeatas, cervejas nomeadas em homenagem a ele, maratonas de 10km, camisetas e por aí vai. (...) Ele nem era um policial, era um guarda universitário, ele nem estava envolvido no atentado em si. (...) De fato, a história de sua morte é confusa, sequer temos a certeza que foram os irmãos Tsarnaev que o mataram, o vídeo mostra apenas 'vultos com capuzes'. E depois, o Vice-Presidente Biden viajou [para Boston], houve uma grande passeata... É tudo meio estranho... E se você olhar para os regimes ao longo da história, quando eles fazem uma coisa assim é porque há algum interesse nisso, qual é, eu não sei."
Nesta entrevista de 20 minutos, Russ Baker descreve brevemente como tem sido o julgamento de Dzhokhar Tsarnaev. Ele diz: "a defesa disse que ele cometeu o crime, o que deixou as pessoas um pouco confusas já que se esperava algum tipo de defesa... Mas de qualquer maneira...". Ele também se aprofunda um pouco sobre a questão do FBI. O FBI entrevistou Tamerlan, o irmão e "arquiteto" do ataque, antes de Tamerlan ir ao Dagestão e supostamente receber treinamento terrorista. Nessa entrevista, Tamerlan simplesmente disse que "não era um jihadi", e o FBI concluiu que não havia nada mais a fazer, o que Russ achou bastante estranho. Depois da viagem ao Dagestão, o serviço antiterrorista russo avisou o FBI, que novamente não agiu de maneira alguma.
Segundo Russ (a partir de 6:45), "para mim, o que eu percebi nesta história, consistentemente, é que o governo federal estava muito preocupado sobre alguma coisa que ele não estão revelando, e era muito, muito importante, mudar o 'tom' do julgamento. Eles estabeleceram uma pesada operação psicológica nesta história. Se você olhar outros julgamentos federais, nunca houve tantos vazamentos para a mídia e uma preocupação tão grande em criar uma narrativa, uma narrativa mística, sobre o evento. O que estou falando é que, e a mídia sequer está falando sobre isso, é que não é normal, por exemplo, um policial ser baleado e haver passeatas, cervejas nomeadas em homenagem a ele, maratonas de 10km, camisetas e por aí vai. (...) Ele nem era um policial, era um guarda universitário, ele nem estava envolvido no atentado em si. (...) De fato, a história de sua morte é confusa, sequer temos a certeza que foram os irmãos Tsarnaev que o mataram, o vídeo mostra apenas 'vultos com capuzes'. E depois, o Vice-Presidente Biden viajou [para Boston], houve uma grande passeata... É tudo meio estranho... E se você olhar para os regimes ao longo da história, quando eles fazem uma coisa assim é porque há algum interesse nisso, qual é, eu não sei."
The Intercept: "A Demissão Covarde de um Jornalista da TV Estatal Australiana Destaca a Verdadeira Religião do Ocidente"
Nesta boa matéria de Glenn Greenwald, ele chama atenção para o caso de Scott McIntyre, que foi demitido após questionar, no Twitter, o "patriotismo" de um feriado nacional australiano, em que todo o país estava elogiando seus militares, sem pensar no que, por exemplo, eles também fizeram onde lutaram: estupraram e executaram sumariamente. Imediatamente, o ministro Turnbull disse que os comentários de McIntyre eram "ofensivos, inapropriados e desprezíveis". Esse ministro é responsável pelo ministério que dá 80% dos fundos da rede SBS, que empregava McIntyre. Pouco tempo depois, a rede tuítou que "apóia os militares e dedicou enormes recursos para a cobertura destas comemorações", e o jornalista foi sumariamente demitido. Greenwald conlcui: "A grande, grande maioria do discurso política sobre política externa - especialmente dos comentadores midiáticos dos EUA e da Grã-Bretanha - consiste em pouco mais que variadas declarações de superioridade tribal: nós somos melhores e assim nossa violência é justificada. (...) É por isso que Scott McIntyre foi demitido: porque ele questionou e disputou a mais sagrada doutrina da religião Ocidental."
The Intercept: "Emails Revelam Relacionamento Próximo Entre Grupo de Psicologia e a CIA"
Nesta matéria a jornalista Cora Currier explora os emails revelados recentemente, da correspondência entre psicólogos da CIA e executivos da American Psychology Association. A APA fez uma emenda em seu código de ética em 2002 e assim seus membros puderam observar sessões de tortura. Essa emenda foi retirada em 2010. A APA também deu conselhos para a administração Bush sobre como reagir ao escândalo de tortura em Abu Ghraib. A Associação nega basicamente tudo. Segundo o livro The Search for the Manchurian Candidate, de John D. Marks, que investiga os projetos de "controle da mente" da CIA revelados nos anos 70, a APA tem um relacionamento com a CIA desde os anos 50. Este especial da ABC de 1979 sobre esses mesmos projetos de controle da mente, feito em colaboração com John D. Marks, entrevista diversos ex-membros da APA, que na verdade falam bem tranquilamente do seu papel nessas experiências. Infelizmente esse contexto não é dado na matéria de Cora Currier...
WhoWhatWhy: "Ironia das Ironias: Ordenaram que Investigadores que Identificaram Enormes Desperdícios no Afeganistão Façam Cortes de Pessoal"
A matéria começa com a seguinte frase: "Que tal essa injustiça poética? Os investigadores que descobriram que metade dos fundos investidos no Afeganistão desapareceram ou foram desperdiçados... foram ordenados a cortar seu quadro de funcionários." O SIGAR (veja o primeiro link do post anterior) passou de 42 para 25 funcionários. Isso é tão típico. O governo estabelece uma equipe para investigar corrupção, e anuncia a "transparência" aos quatro ventos; a equipe invariavelmente descobre algo, e é prontamente ignorada.
A matéria começa com a seguinte frase: "Que tal essa injustiça poética? Os investigadores que descobriram que metade dos fundos investidos no Afeganistão desapareceram ou foram desperdiçados... foram ordenados a cortar seu quadro de funcionários." O SIGAR (veja o primeiro link do post anterior) passou de 42 para 25 funcionários. Isso é tão típico. O governo estabelece uma equipe para investigar corrupção, e anuncia a "transparência" aos quatro ventos; a equipe invariavelmente descobre algo, e é prontamente ignorada.
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