A guerra contra terroristas na Síria começou logo após o início da guerra civil em 2011. Protestos contra Assad rapidamente evoluíram para um conflito armado. Os EUA apoiaram os grupos rebeldes, em nome da “democracia”, contribuindo para a instabilidade no território sírio. Em 2015, um documento da DIA obtido pela ONG Judicial Watch, dos EUA, mostrou que havia informações de que estados que queriam a queda de Assad poderiam apoiar um califado no leste da Síria (na região de Deir Ez-Zor). Michael J. Flynn, ex-diretor da Defense Intelligence Agency, confirmou que os EUA deixaram que os rebeldes prosperassem para enfraquecer Assad, numa entrevista em 2015. John Kerry, então Secretário de Estado de Obama, admitiu em um áudio vazado que o governo dos EUA viu o crescimento do Estado Islâmico como uma força para pressionar Assad, mas achou que poderia “controlar” essa ascensão.
Mapa da Síria |
Ou seja, tudo indica que a ascensão do Estado Islâmico não foi uma grande surpresa para os EUA, muito menos para Arábia Saudita, Qatar e outros citados no memorando da DIA. Desde o início, era sabido que as armas acabaram nas mãos de jihadistas. Recentemente novas reportagens confirmaram que armas financiadas pelos EUA foram parar inclusive nas mãos do EI. Esse fluxo de armas para os rebeldes sírios – que foi da ordem de 250 milhões de dólares por ano desde 2013 – foi encerrado abruptamente por Donald Trump no meio deste ano, uma ação que analistas previram desde novembro de 2016, quando Trump foi eleito. Será que é coincidência que após essa fonte de financiamento secar, o Estado Islâmico sofreu todas essas derrotas?
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